quinta-feira, 24 de março de 2011

Tunel do Tempo

Alguém pode explicar?


Desde que me entendo por gente sempre fui (ainda sou!) intrometida. Metia meu bedelho em tudo. Medo era uma palavra que não existia no meu dicionário. No que tange ao mundo “animal”, nem se fala. Em criança convivi com cavalos,aos 6 anos meu pai me largou em cima de um, se não me tirassem de lá, estaria até hoje. Tirei leite e tomei corrida de vaca com “bezerro no pé”, até hoje gosto do cheiro de pasto e curral.
 Galos e galinhas, vivia no meio deles, tomei surra de galo, duas, por sinal. Adorava atazanar a vida de um ganso que tinha lá em casa. Sempre fui “miúda” (hoje sou “redonda”), agarrava o ganso pelo pescoço e sentava à cavalo nele, depois o soltava e pernas pra que te quero, pois o bicho alçava vôo atrás de mim. Pássaros, conheço muitos, pois meu pai tinha vários, inclusive viveiros (por favor defensores, não me crucifiquem, isso tem uns 40 anos). Cresci um pouco e ganhei um Caburé, que criei com gosto. Sem falar dos pombos, coelhos e cães.
E isso era mal de família, pois uma tia-avó minha criou 2 Irerês em apartamento e ainda enchia a banheira para elas nadarem. Lá em casa só não tinha gato. Pela minha vida passaram, além de 3 maridos, um gavião, gambás, cobras, ratos, uma gaivota resgatada da praia Vermelha/RJ, rãs, sapos, preás , hamster , porcos, papagaio e periquito.
 Até filhote de leão tive o prazer de segurar e afofar. Olha o cabelo a "la Simone", chique,né?

 Os gatos entraram na minha vida depois dos 25 e não saíram mais. Para deixar bem claro, nunca tive medo de por a mão, olhar, cheirar ou chegar perto de animais, inclusive em zôo e exposições eu sou um perigo , dá para imaginar, né? Já burra velha, morei num sítio aqui em Poa e tive galinhas, gansos e cabras, todos tinham nome e nenhum foi pra faca. Passo o ano doida para chegar setembro e me enfiar na Expointer. É um dia de diversão, quando volto pra casa, minha" turma" só falta me tirar pedaço de tanto cheirar.
   
Sou daquelas que usam um método muuuiito antigo para ver se a galinha vai por ovo no dia, precisa explicar? Como tive um relacionamento com um veterinário, por quatro anos, imaginem, que dei vazão ao meu lado “House” e até hoje castro os meus machos (entenda-se cães e gatos), costuro e faço outros procedimentos pequenos e emergenciais em casa. Vet é a ultima opção.
Agora, depois de todo esse relato, me respondam: por que tenho MEDO,PAVOR E NOJO de baratas? Por que superei tanta coisa na minha vida, menos o horror a esse ser asqueroso? Adivinhem, essa noite, não dormi por causa de uma. Seque algumas fotos das minhas incursões no reino animal, pena que naquele tempo era a Love ou a Kodak, lembram?
Por fim, fica o desejo que a Julia siga os meus passos, menos no medo.

6 comentários:

Clarice disse...

Ah, que texto delicioso! Essas fotos são o seguinte. Difícil dizer qual a mais interessante. E que pose em cima do cavalo!
Eu adoro bicho. Marido nem tanto, só até a fase de namorado, que é pra não florescer nem criar raiz.
Alguns desses bichos eu nunca toquei, nem sei se tocaria. Passávamos férias na casa de um tio que tinha de tudo um pouco.
Você tem razão quanto à mudança de mentalidade. Meu pai caçava e eu odiava a chegada dele porque era a mim que cabia depenar os pobrezinhos, alguns cheios de chumbinhos. Não tínhamos esse prurido ecológico ainda, não é? Eu odeio isso hoje, mas era menina. Abri muita gaiola pra deixar os que meu irmão pegava de arapuca.
Sempre havia algum gato vagabundo que se acercava em busca de comida e adotamos uns dois ou três. Cachorro jamais! Acho que trazia lembranças demais a meu pai, criado na roça e órfão desde criança.Tive medo de cachorro até a adolescência.
Sobre essas bicharocas nojentas acho que é dos tempos das cavernas. Minha gatinha é apontadora delas. Ela dá o sinal e eu corro em busca de veneno ou tiro o chinelo. Sempre cheia de nojo, não de medo.
Caramba! Pra variar, um jornal, mas foi teu texto que provocou essas boas lembranças.
Com certeza a herdeira sairá tua cópia.
Abraços

Blog da Pink disse...

Amei esse túnel do tempo ! Até perdi a hora e cheguei atrasada pra buscar minha Júlia ! Mas voltei...
Confesso que eu sou a medrosa de animais, até de cachorro tenho medo...(por enquanto adoro a Jade, mas quando ela crescer...), só não tenho medo dos meus bichos !
Gambá eu tenho pavor ! Tem muito por aqui, eles são enormes e horrendos ! Desculpe, Gloria, mas eu nunca tinha visto gambá até 12 anos atrás quando vim morar em Joinville e quase desmaiei quando vi um de perto !
Meu pai se apaixonou pela minha mãe quando viu uma foto dela perto de uma cabra ! Mas depois descobriu que ela tem medo de todos os bichos, até da Rutha !
Com certeza é uma vida emocionante a sua rodeada de animais, eu gostaria de ter crescido assim, talvez fosse menos medrosa, mas desde pequena só convivi com gatos mesmo.
A minha irmã tem pavor de baratas e até chora quando vê uma ! Meu marido também tem muito nojo e faz o maior drama, eu mato e jogo fora !
É muito gostoso ver fotos antigas !
Beijos
Laís

Pitanga Doce disse...

Glóóória do céu! Há pedaços nesse teu texto que me deixaram em franjas. Um deles é: "Pela minha vida passaram, além de 3 maridos, um gavião, gambás, cobras, ratos, uma gaivota resgatada da praia Vermelha/RJ, rãs, sapos, preás , hamster , porcos, papagaio e periquito." Isto foi tudo na mesma época, bela?

Depois segue-se: " Sou daquelas que usam um método muuuiito antigo para ver se a galinha vai por ovo no dia, precisa explicar?" E elas nunca fizeram greve em função desse método tão primata? hehe

E ainda tem mais, senhoras e senhoras (que aqui só tem meninas)
"imaginem, que dei vazão ao meu lado “House” e até hoje castro os meus machos".

Mulher, tu é um perigo à Nação! hehehehehehe

Gloria disse...

Bom Dia meninas! Que bom que provoquei alguma coisa, desde lembranças,medo ou curiosidade.
Clara, tenho muita saudade do meu tempo de criança, foi um tempo bom. Pena que as crianças de hoje não possam viver o que vivemos, não é?
Laís, lembrar é sempre bom e ainda bem que tem alguem corajoso nessa casa, nem que seja para matar as nojentas, eca.E a sua filha, como é?
Mila, como diz o ditado eu já não cozinho na primeira fervura, entã houve tempo para tudo isso em 50 anos, hehe. Legal que só você entendeu o "método antigo", mas acho que elas gostavam, pois saiam dando uma reboladinha.Quanto a castração, me serve de arma, quando enchem muito a minha paciência,he,he,he. Obrigada pela visita, viu?
A todas um bom dia e bjs.

Blog da Pink disse...

Gloria, eu sempre fiz o possível para não demonstrar medo na frente dos meus filhos, eu acho que eles não são medrosos como eu, mas a Júlia é bem fresca com bichinhos inofensivos, tipo insetos ! Barata ela não tem medo e inclusive quando aparecia algum rato morto ela pegava com a pazinha e jogava fora porque eu não conseguia...
O Felipe apesar de ter esse nome com significado de quem adora cavalos não gosta de animais grandes, ele nem gosta muito de cães (a Júlia ama cachorros), ele prefere gatos mesmo e as minhas gatas adoram ficar com ele.
Eu fiz o possível...
Beijos
Laís

Blog da Pink disse...

Esqueci de comentar que aquilo que fica pendurado o Barum usa muito para brincar com o edredon...
Beijos
Laís