Ontem, voltando para casa, pensando na vida e com a cabeça nas nuvens, me deparei com ela: Linda, em sua veste de luz prata suave, iluminando palidamente tudo a sua volta, bem na beirinha do Guaíba, quase pude toca-lá. Ao mesmo tempo em que a admirava, observei toda a volta: carros a minha frente, feito procissão, gente voltando pra casa, outras fazendo caminhada, outras sentadas na beira da rua, mateando com os vizinhos e fiquei a imaginar, será que em algum momento eles olham e dedicam algum tipo de pensamento a ela? Não sei, só sei que a gente volta para casa e vai pra escola, para academia, para a balada, vai namorar, passear, visitar amigos e parentes e ela continua lá...
Na próxima curva, sabia que a perderia de vista, aproveitei e agradeci a ela por estar ali. E agradeci a Ele por nos dá-la.
2 comentários:
Glória, não sei se você teve essa experiência, mas na cidadezinha onde nasci e me criei, cheia de descendentes de italianos, era costume fazer filó. Visitas noturnas a famílias. Ia a cambada toda. Conversa, brincadeiras, gurizada dentro de casa ou no pátio brincando,algum quitute, ouvir rádio(eu não sou antiga assim, mas a tv demorou a chegar, felizmente!) e na volta, do que eu lembro são as noites de céu limpo, a lua a nos espiar. Muitas vezes no inverno.
Foi o que teu texto me fez lembrar. Quanta coisa deixamos de fazer por conta de tantos compromissos!
Beijos e feliz lua.
Por falar nisso, você sabia que toda sexta-feira santa tem lua cheia?
Sim, é a 1ª lua cheia depois do equinocio de primavera.Curti muito noites de lua ou só de céu estrelado na época em que ia a um sítio no Rio e não tinha luz lá. eram noites lindas.
bjs.
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