terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Abandono do melhor amigo

Abandono do melhor amigo
O texto abaixo foi escrito pelo médico veterinário Renato Silvano Pulz, professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Canoas/RS. É um triste relato de uma situação que, infelizmente, se repete dia após dia - de abandono e maus-tratos contra animais - com requintes de crueldade, desamor e de total desinteresse e desrespeito à vida por parte de "seres humanos". São criminosos e, como tais, precisam ser denunciados e punidos.Por outro lado, esse relato também mostra a bondade e o senso de responsabilidade de quem se dedica ao próximo e tem amor e respeito à vida. São exemplos de que o bem é maior que o mal e de que, se cada um fizer a sua parte, o que estiver ao seu alcance, sem medo, essa corrente só tende a crescer!
Bela após o atendimento
"O cão é o melhor amigo do homem ou, ao menos, é o que o velho ditado popular nos ensina. Entretanto ocorrem situações em que o ser humano esquece de suas obrigações morais e éticas com os outros seres vivos.No Hospital Veterinário da Ulbra, atendemos uma cachorrinha abandonada à própria sorte dentro de uma mochila. A simpática poodle-lata foi achada em uma rua de Canoas e levada ao hospital pela caridade da professora Jeanete Hilger, que, sensibilizada com a situação, se responsabilizou pelos custos do tratamento. A cachorrinha no estado crítico em que foi encontrada
A cadelinha, que recebeu carinhosamente o nome de Bela, além de um péssimo estado geral, e parasitada por muitos carrapatos, apresentava múltiplas lesões na pele e fratura em ambos os membros posteriores, provavelmente devido a um atropelamento. Uma das fraturas estava exposta e muito infeccionada e exigiu a amputação do membro.A veterinária residente Vanessa Bulling, que atendeu o caso, diz estar chocada com a frieza da pessoa que praticou tal ato, o de abandonar um animal naquelas condições. A mochila dentro da qual Bela foi abandonada para morrer
A relação do ser humano com seus animais domésticos está cada vez mais estreita. É fácil aprender a amar um filhote, é um exercício de afetividade. Com eles, aprendemos a receber e a demonstrar afeto. Mas também podemos perceber em nossos atos em relação a esses seres nossos comportamentos e atitudes menos louváveis.Personalidades históricas, como Da Vinci, Pitágoras, Gandhi e Bentham, sempre alertaram que a crueldade humana com os animais é um sinal de desrespeito à vida e uma conduta moral condenável. Os animais são seres que têm emoções, sentem dor, têm diferentes graus de consciência. Assim, é inadmissível que aceitemos maus-tratos e abandonos em uma sociedade civilizada.A posse responsável dos animais domésticos deve nortear nossa conduta. É certo que a violência está por todos os lados e que o próprio ser humano sofre as suas mazelas. Mas são as mudanças em nossas atitudes e o não-conformismo que podem provocar mudanças para um mundo um pouco melhor. Assim como fez a professora Jeanete, que também conseguiu um novo lar para a Bela."
Renato Silvano PulzProfessor do curso de Veterinária da Ulbra
Fotos: Assessoria de Imprensa da Ulbra "Amigo é quem te socorre... Não quem tem pena de ti."
"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças ou idosos. Não há bons ou maus combates, apenas o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos que não podem se defender".Brigitte Bardot

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu bem que gostaria de ter um terreno e recolher todos. Por enquanto faço o que minhas mãos alcanço: adoto,alimento, recolho e levo ao vet, chamo a moçada pra dar um trato em algum de pelo enroscado.
Aqui na praia eles deixam muitos cães porque sabem que todo mundo tem pena e recolhe, alimenta e trata bem.
É fácil conhecer um ser humano: repare como ele olha um animal.

Beijos, menina de 50!