terça-feira, 25 de agosto de 2009

Envelhecer

Quando a Clarisse diz que envelhecer é uma merda, ela não está errada. E que o problema não é o peso, é a forma, está corretíssima! Quando somos jovens, todo sobrepeso (qualquer coisa até 5 kilos), vai para a bunda e coxas, que dependendo da situação é até negócio! Quando a gente passa dos 50, vai para os braços e barriga e aí toca a usar cinta e nunca mais acenar para os outros de camiseta. Descobrimos que nossa maior inimiga é a comida, tudo engorda, até a água. Me pego a lembrar dos meus 12/16 anos, magra feito um pau-de-vira-tripa, doida pra engordar um pouco e nada! Ai,ai eu era feliz e não sabia.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Desejo

À minha família e aos meus amigos, de perto e de longe, recentes e antigos, agradeço as manifestações de carinho recebidas nesta última semana. Segue um texto ( um pouco longo, mas lindo) de Vitor Hugo, que dedico à todos, em especial para o Coração de Pudim. Desejo primeiro que você ame, E que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim, Mas se for, saiba ser sem desesperar. Desejo também que tenha amigos, Que mesmo maus e inconseqüentes, Sejam corajosos e fiéis, E que pelo menos num deles Você possa confiar sem duvidar. E porque a vida é assim, Desejo ainda que você tenha inimigos. Nem muitos, nem poucos, Mas na medida exata para que, algumas vezes, Você se interpele a respeito de suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, Para que você não se sinta demasiado seguro. Desejo depois que você seja útil,mas não insubstituível. E que nos maus momentos, Quando não restar mais nada, Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante, Não com os que erram pouco, porque isso é fácil, Mas com os que erram muito e irremediavelmente, E que fazendo bom uso dessa tolerância, Você sirva de exemplo aos outros. Desejo que você, sendo jovem, Não amadureça depressa demais, E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer, E que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor. É preciso deixar que eles escorram por entre nós. Desejo por sinal que você seja triste, Não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom, O riso habitual é insosso e o riso constante é insano. Desejo que você descubra,com o máximo de urgência, Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos, Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta. Desejo ainda que você afague um gato, Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro Erguer triunfante o seu canto matinal Porque, assim, você se sentirá bem por nada. Desejo também que você plante uma semente, Por mais minúscula que seja, E acompanhe o seu crescimento, Para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore. Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, Porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano,coloque um pouco dele Na sua frente e diga "Isso é meu", Só para que fique bem claro quem é o dono de quem. Desejo também que nenhum de seus afetos morra, Por ele e por você, Mas que se morrer, você possa chorar Sem se lamentar e sofrer sem se culpar. Desejo por fim que você sendo homem,tenha uma boa mulher, E que sendo mulher,tenha um bom homem E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, E quando estiverem exaustos e sorridentes, Ainda haja amor para recomeçar. E se tudo isso acontecer, Não tenho mais nada a te desejar.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bigodes & cia.

Inaugurando o bloco Bigodes & Cia., segue fotos de algumas figuras que habitam a Bat Caverna. A saber da esq. para dir. : Maneco(o terror), Cagão(in memoriam), Bolinho(o gato que fala),Caco (louco por sacobol),Fred (abre-portas), Maneco outra vez(o que é isso?),Maneco de novo (agoniando o Tobias).

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Meu Bebe

Esta é o meu Bebe de 2 anos.Linda, fofa,vitaminada e amadinha.Deia, Dedechas para os íntimos.

sábado, 8 de agosto de 2009

A alma que não se vende

Transcrevo um texto de *Lúcia Maria Teixeira Furlani que descreve um pouco da vida Patrícia Galvão - Pagu. Desde 12 de dezembro de 1962, muitos anos já se passaram de sua partida. Não por acaso, foi em Santos, terra onde adorava viver e teve destacada atuação cultural na década de 50, que ela morreu. Patrícia Galvão, ou simplesmente Pagu, viveu literalmente cercada pelas palavras. Em sua trajetória de vida e obra (1910-1962), das palavras valeu-se como jornalista, crítica de letras, artes, televisão e teatro, poeta-desenhista, romancista, política militante, dissidente política, incentivadora cultural, mulher precursora e revolucionária. Foram as palavras que estiveram presentes em suas colunas de jornal de 1929 a 1962, para divulgar os grandes renovadores da linguagem. Foi através dela que autores desconhecidos no Brasil e alguns até no restante do mundo ganharam vida e espaço. Em Santos, incentivou o teatro amador, fez campanha para a construção do Teatro Municipal (instalado hoje no Centro de Cultura que leva seu nome), traduziu e dirigiu teatro de vanguarda, fundou a Associação dos Jornalistas Profissionais e a União do Teatro Amador, que revelou tantos artistas depois consagrados em teatro e televisão. Participou ativamente de movimentos políticos e culturais importantes que afetaram nosso País e o restante do mundo, a partir do Modernismo e da utopia que o caracterizou. Na década de 30, Pagu e seu companheiro Oswald de Andrade deram tratamento literário à luta política e ideológica na qual se engajaram. É Pagu, mulher livre e libertária, quem fez Oswald participar de caminhos revolucionários, que teriam expressão no Jornal Homem do Povo, dirigido por ambos e no romance Parque Industrial, escrito por ela. Artigo originalmente publicado no Jornal A Tribuna, por ocasião do 40º aniversário de falecimento de Pagu Pagu, que se engajou na militância política, no Partido Comunista, que deu a volta ao mundo, sozinha, como correspondente de diversos jornais. De passagem pela China, obtém as primeiras sementes de soja que foram introduzidas no Brasil. Foi presa vinte e três vezes, por motivos políticos, sendo a primeira mulher presa no Brasil na luta revolucionária: em 1931, em Santos, na greve dos estivadores; em Paris, como militante comunista estrangeira e ao voltar ao Brasil, de 1935 e 1940, sofrendo torturas, além de perseguições dos companheiros do partido. Ao sair da prisão, rompeu com o PCB e casou-se com Geraldo Ferraz. Ao lado dele, participou da revista Vanguarda Socialista, escreveram a quatro mãos o romance A Famosa Revista, integrou a equipe de diversos jornais. Nesta fase, aderiu a dissidência trotskista. Concorreu à Assembléia de São Paulo pelo PSB, mas não se elegeu. Lançou o manifesto Verdade e Liberdade, no qual ataca duramente o Partido Comunista. Passa, depois, a defender um socialismo libertário, pacífico, democrático e espiritualista, quando vemos aparecer em seu texto palavras derivadas da fraternidade cristã. Antecipou-se ainda mais uma vez e fugiu do maniqueísmo político da época. Denunciou tanto o autoritarismo da direita como o da esquerda. Em seus 52 anos de vida e buscas, não lhe faltou visão, ou seja, a arte de ver coisas invisíveis. Para homenagear alguém avesso a homenagens, formalismos e academicismos, podemos dizer hoje a ela que se pode enterrar a liberdade, mas não se pode matá-la. Você, Patrícia, lutou pela liberdade, foi presa e sofreu por ela. Mas vida e morte são temporárias. A liberdade é eterna. Devido ao seu jeito de agir, vestir e viver, muitos a chamaram de estranha. Mas, quando somos um pouco estranhos, podemos fazer coisas impensáveis e até inadmissíveis por aqueles presos às convenções. Pois viver é a coisa mais rara do mundo. Como disse Oscar Wilde, a maioria das pessoas apenas existe. Você ultrapassou o métron , para os antigos gregos, a justa medida de cada um. O métron é medida subjetiva que vem dos primórdios do pensamento ocidental. Ultrapassá-lo significa arriscar além da conta. Foram tantos os riscos, muitos os tropeços. Você pode ter perdido muitas coisas. Mas, às vezes, quando se perde, na verdade, estamos ganhando. Por tudo isso, Pagu, não podemos dizer que, desde 1962, estamos sem sua presença, pois nos ficou sua alma. Como diria Rubem Braga, no fundo, talvez não seja bom negócio vender a alma. A alma sempre nos faz falta. A sua torna-se imprescindível hoje, quando a tecnologia cria pontes tão compridas que não se sabe onde vão dar. O saber de muitos diminui, torna-se específico. Não temos ainda instrumentos que resolvam o conflito entre carência e desperdício. Muitos possuem muitas coisas que outros não têm, não terão e isso não os irmana, antes os separa. Mas nem tudo está perdido. As perguntas essenciais continuam sendo feitas pelas crianças. Cresce o número de jovens e pessoas voluntárias, preocupadas em corrigir desigualdades e distribuir amor. O Brasil é hoje muito mais convicto dos valores democráticos do que há tempos atrás. Ainda podemos curar qualquer mal na água salgada, seja ela suor, lágrimas ou um mergulho no mar. No mar da escandinava Dinesen, ou no mar santista, de Pagu e de todos nós. Você talvez nos surpreenda mais uma vez, respondendo que hoje sua melhor homenagem seria a vaia. Vaia que, no dizer de Nelson Rodrigues, é a verdadeira apoteose, pois os admiradores corrompem. Ou as vaias que salvaram a Semana de Arte Moderna, em 22, e deram-lhe o ar de juvenil travessura responsável por seu eterno encanto. Vaias, segundo a lenda, encomendadas por Oswald de Andrade que, com esse golpe de gênio, fez a Semana durar até nossos dias. Mas você nos deu sua alma e nós, lhe entregamos hoje, ao invés da vaia apoteótica, o nosso coração. Não se ganham corações de presente. Corações, só os recebemos, por merecimento. (*) Lúcia Maria Teixeira Furlani é autora de diversos livros, entre os quais Pagu, doutora em Psicologia da Educação e Diretora Presidente do ISESC, que mantém o Colégio e a Universidade Santa Cecília (Santos-SP).

Explicando Pagu

Um dia ouvindo um CD da Rita Lee, associei a música "Venenosa" a uma "colega" e fiz esse comentário com a Adriana, minha parceira de algumas "ideias". Daí surgiu a idéia de associar outras músicas as pessoas que conhecíamos. Música pra lá , letra pra cá, eis que ela me vem com Pagu (Rita Lee) dizendo que a letra se identificava comigo. Como não conhecia a música, procurei e acabei concordando, tanto que até hoje essa música é um dos toques que tenho no celular. Gosto da versão com a Rita e a Zélia.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

E agora?

Logo farei 50 anos. Que droga. Não sinto esta idade. Acho(sem ser ridícula) que pelo menos na alma, devo ter uns 40 e tal. Sei que na aparência também. Fora isso, todos os dias quando acordo(pelo menos no ultimo mês) fico pensando no que vai ser minha vida daqui pra frente.Vou cair ladeira abaixo?Vou levar como se nada estivesse acontecendo?Vou sentar e dar tratos a bola e criar um padrão, um modelo para seguir, tipo, falar menos palavrão, procurar mais a família, fazer parte de algum clube, circulo, associação, sindicato ou facção? Guardar dinheiro, procurar mais os médicos? Trocar de guarda roupa? Usar correntinha nos óculos, trocar a Strada por um carro sedan?....